Em diversas tradições fala-se frequentemente de uma linguagem misteriosa chamada “linguagem dos pássaros” ou “fala das aves”, designação evidentemente simbólica de algo mais mais elevado ou transcendente, pois a importância atribuída a ela, como prerrogativa de uma elevada Iniciação, não permite que seja tomada de forma literal no aspecto imediato. É óbvio que as aves não falam… mas também é óbvio que esse designativo tem algo de mais profundo.
A Fala de um Povo é a manifestação, em sons vocais conjugados pelo sopro e pela pausa, da Ideia original, arquetípica, a qual regula a sua expressão mental e consequente evolução. Trata-se, afinal, da Ideia-Raiz da Potência Logoidal dirigindo o Corpo Nacional e do qual a Língua, distinta das outras, vai fazer com que aqueles que a falam se agreguem num grupo populacional fonologicamente distinto, intercomunicando-se e desenvolvendo-se dentro dos padrões básicos estabelecidos pela sua Consciência Arquetípica, tendo por forma de manifestação visível o sopro e o som impulsionados pela expressão invisível: a ideia ou pensamento e o cérebro, logo, Verbum Mentis Facundus.
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